Tomás e as caras da sua mãe
- Inês Frade Pina
- 25 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de jan. de 2019

Era uma vez um menino chamado Tomás que conhecia todas as caras da sua mãe.
Quando chegou um dia da escola, a mãe deu-lhe um abraço e um beijinho. Tomás não quis ver mais ninguém, só quis ver a cara sorridente da mãe.
O Tomás gostava muito de conversar, e de um jeito animado, meio desajeitado, começou a contar o seu dia. Falou, falou, falou. Contou tudo o que se lembrou e viu a cara calma da mãe.
De repente, começaram uma brincadeira de cócegas, anedotas e palhaçadas, e com muitas gargalhadas viu a cara feliz da mãe.
Irrequieto que era, inventou mais umas brincadeiras e uns jogos, imaginando a casa como um castelo, como um jardim e depois como um campo de futebol. Mas de repente, num pontapé perdido, a bola não foi ao sítio, fez uma grande, grande asneira. Sem querer, lá foi um vaso cair ao chão.
Ainda por cima, e mesmo com vários avisos da mãe, ainda nem os trabalhos de casa tinha feito, ainda nem o banho tinha tomado. E viu a cara muito zangada da mãe.
Mas ... sabia que a mãe, embora zangada com cara de má, gostaria dele e sempre na mesma.
Sabia que as mães também ficam tristes e também fazem asneiras.
Sabia que depois desta cara zangada, tinha de ficar quieto, deixar algum tempo passar.
Sabia que a cara da mãe se iria transformar. E com muito jeitinho e falando baixinho, pé ante pé, devagarinho, lá foi o Tomás pedir desculpa como as desculpas que a mãe lhe pedia quando ela também não cumpria.
Aí uniram-se num abraço, e Tomás prometeu que ia melhorar. A mãe assim o pedia. Porque aí voltariam aos sorrisos e gargalhadas, abraços e palhaçadas. E assim Tomás tentaria, melhor e melhor seria.
Gostava dela mais que muito e era bonita também, não havia nada que Tomás gostasse mais, que as caras da sua mãe.
Criatividade imparável e a mãe do Tomás muito fotogénica 👌👌😘😘😘